5 de jul. de 2010

Novo técnico terá que formar já seleção para 2014, diz Teixeira

REUTERS
O novo técnico da seleção brasileira fará uma renovação na equipe e deve basear suas convocações em jogadores que terão condições de disputar a Copa do Mundo de 2014, disse nesta segunda-feira o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
O treinador, que deverá ser anunciado até o fim do mês, vai comandar também a equipe olímpica e não dividirá suas funções na seleção com a de um clube, disse o dirigente em entrevista à SporTV um dia depois de ter demitido Dunga e toda a sua comissão técnica.
"Ou formamos uma seleção nova ou formamos uma seleção nova. Não tem outra opção", afirmou ele, acrescentando que o treinador poderá chamar atletas experientes, desde que esses possam estar no Mundial que será sediado pelo Brasil.
A primeira partida do novo técnico será um amistoso em 10 de agosto contra os Estados Unidos.
"Quero que comece com o time que pode estar em 14. Não interessa ganhar dos Estados Unidos. Esse não é o objetivo", afirmou Teixeira, que admitiu que os resultados no começo do trabalho podem não ser bons, mas serão respaldados pela CBF.
"Essa seleção que será formada precisa de paciência...porque vai ser iniciado novo processo que pode gerar maus resultados."
Depois da demissão de Dunga, eliminado com o Brasil nas quartas de final da Copa da África do Sul, Teixeira busca um novo técnico e, para isso, ele afirma "ouvir muito". O dirigente disse que escuta o que a mídia e torcedores falam para decidir.
Sem citar nomes, Teixeira disse que será uma pessoa para comandar a equipe ao menos nos próximos cinco anos. "O importante é ter uma conversa e combinar todo o processo."
"TIME NERVOSO"
O dirigente sinalizou que discordava dos métodos de Dunga, mas que não podia trocar o comando da seleção no meio do trabalho, afirmando que "quando você está no Atlântico, tem que continuar o voo".
Dunga optou por deixar seus atletas longe da torcida e da mídia. Postura diferente do que aconteceu quatro anos antes, quando a preparação aberta ao público na cidade suíça de Weggis foi considerada um dos fatores do fracasso do time de Carlos Alberto Parreira.
"Talvez um meio caminho seja o ideal", declarou Teixeira.
Tanto a equipe de 2006 como a deste ano caíram nas quartas de final depois de ganhar a Copa América e a Copa das Confederações nos anos anteriores.
O time de Dunga foi eliminado da Copa ao perder para a Holanda por 2 x 1 na semana passada. Depois de abrir 1 x 0 no primeiro tempo, a seleção tomou a virada depois do intervalo.
"Ficou claro no segundo tempo que o time estava profundamente nervoso. O time estava completamente fora do esquadro por ter tomado um gol...tinha que ter tido calma. Tinha um jogador que era zagueiro e estava jogando de ponta de lança", reclamou o dirigente.
Sobre o Mundial de 2014 no Brasil, Teixeira reafirmou que a cidade de São Paulo receberá jogos do torneio, apesar da exclusão do estádio do Morumbi, e que conversará com as autoridades paulistas nos próximos dias.
O dirigente declarou ainda que a ideia é que as seleções se desloquem pouco dentro do país, para facilitar as delegações e também os torcedores. 
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