14 de abr. de 2010

Serviço cria buscas mais inteligentes para o Twitter

Bill Gross, o empresário serial que foi pioneiro da publicidade vinculada a buscas, revela um empreendimento cujo objetivo é permitir que a pessoa use oTwitter para fazer lances sobre termos chave de busca a fim de dar destaque aos seus posts no serviço. Chamado TweetUp, o serviço também organiza os posts de acordo com a sua popularidade, medida de acordo com o número de vezes que as mensagens são repetidas por outros usuários, ou com o número de cliques em seus links.



Gross disse que ele havia assinado acordos com outros serviços externos baseados no Twitter, tais como o Seesmic, TwitterFeed e Twidroid a fim de que estes exibam os rankings do TweetUp. Uma barra de buscas do TweetUp será exibida em sites de buscas como o Answers.com e o BusinessInsider.com. O TweetUp dividirá as receitas igualmente como cada parceiro, ele informou.
O objetivo é reduzir o ruído de milhares de posts irrelevantes sobre tópicos de interesse, e impedir que os posts úteis desapareçam em meio a uma torrente de mensagens. A aposta é que os usuários do Twitter, que fizeram do serviço de microblogs um fenômeno mundial de comunicações, estarão dispostos a pagar para dar destaque às suas mensagens de 140 caracteres - e que os demais usuários do serviço não considerem como ilegítima essa colocação paga.
"Acreditamos que o Twitter seja incrivelmente poderoso, mas encontrar as mensagens relevantes em meio ao ruído está se tornando cada vez mais difícil", disse Gross, fundador do Idealab, uma incubadora de empresas de tecnologia sediada em Pasadena, Califórnia. "O que estamos criando é uma nova ordem para os tweets".
O TweetUp arrecadou US$ 3,5 milhões junto a um grupo de investidores que inclui a Index Ventures e a Revolution, empresa de investimentos criada por Steve Case, antigo presidente-executivo da America Online Time Warner.
Case disse que se deixou persuadir a investir na TweetUp devido ao papel de Gross no desenvolvimento das buscas pagas na GoTo.com, uma das empresas criadas pelo Idealab, no final dos anos 90. Os anunciantes faziam lances para que sua publicidade aparecesse junto aos principais resultados de busca ¿uma prática considerada controversa naquela época. O Yahoo adquiriu a GotTo.com, cujo nome havia sido alterado para Overture, por US$ 1,6 bilhão, em 2003.
"O TweetUp está para o Twitter assim como o Google está para a web", disse Case.
Eis como o serviço funcionará, de acordo com Gross: As pessoas poderão fazer lances por termos como "iPad" ou "energia solar", e isso levará seus perfis ou posts do Twitter para mais perto do topo do ranking TweetUp. Os lances começam em um centavo de dólar, e as pessoas devem pagar sempre que seu perfil ou post surgir em um resultado de pesquisa.
Gross enfatizou que lances não eram necessários para que um posto surja nos resultados de busca. O serviço calculará os rankings com base em um algoritmo que usa dados de uma empresa chamada Klout, cujo trabalho é medir a influência de um usuário do Twitter. O Bit.ly, um serviço que encurta endereços de internet para uso no Twitter, oferecerá dados sobre o número de vezes que um link é clicado.
Quem Gross espera que pague para levar algo efêmero como um tweet ao topo da lista? "Creio que qualquer pessoa interessada em atrair muitos seguidores", disse. Isso significa empresas que desejem reforçar suas marcas online, e indivíduos que desejam atrair leitores para os seus sites.
Loic Le Meur, presidente-executivo da Seesmic, disse que o TweetUp apareceria como nova opção de busca para seu milhão de usuários. A Seesmic conduziu discussões com executivos do Twitter sobre sua estratégia de faturamento, disse Le Meur, acrescentando que em sua opinião o TweetUp não criará conflito com esses planos.
Gross diz que a ideia dos rankings despertou sua curiosidade enquanto acompanhava milhares de posts no Twitter quanto à conferência de Copenhagen sobre a mudança climática. "O ruído predominava", disse, "e por isso escrevi um post reflexivo em meu blog sobre energia renovável, e o anunciei via Twitter", disse. "Mas 20 segundos mais tarde, enquanto eu ainda desfrutava do meu sucesso, fiz uma busca por 'Copenhagen' no Twitter e meu post tinha sido eclipsado por mensagens como 'onde posso comprar luvas em Copenhagen?'"
Na conferência de tecnologia TED, em fevereiro, disse Gross, ele leu 10 mil posts de Twitter sobre o evento. "Havia apenas 200 ou 300 muito bons, e fiquei imaginando que seria ótimo ter um meio de filtrá-los", disse.
Ele mencionou essa ideia a especialistas em capital para empreendimentos presentes ao evento, entre os quais Danny Rimer,da Index Ventures, uma empresa europeia. Quando Gross deixou a TED, tinha um acordo prévio para financiar a empresa e rapidamente recorreu ao pessoal do Idealab para escrever o software requerido.
"Estamos estudando o mercado de forma abrangente e ninguém ofereceu ideia semelhante à do TweetUp, como forma de adaptar a ideia original de Bill para a Overture a um sistema em tempo real", disse Rimer. "A grande aposta, claro, dependerá de as pessoas aceitarem bem o serviço".
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