16 de abr. de 2010

Atores e estúdios de Hollywood travam guerra por vídeos online

Obter pagamento para os atores de Hollywood por alguns de seus menores papéis - os videoclipes de filmes que são exibidos na Internet - está se provando um dos maiores obstáculos nas negociações de contrato com os grandes estúdios, que chegaram a um impasse.
Determinar se os atores precisam aprovar a execução online, na forma de videoclipes, de trechos de filmes e programas de TV em que eles trabalhem, e que pagamento eles deveriam receber por isso, foi a principal questão para a suspensão das negociações, de acordo com o Screen Actors Guild, o sindicato dos atores.
Os estúdios desejam distribuir gratuitamente videoclipes de filmes e programas de TV antigos, em formato adaptado ao YouTube, sem obter autorização prévia dos atores e pagando a eles uma taxa fixa, em lugar de negociar preços com os atores em base de caso a caso.
O sindicato dos atores se opõe firmemente a isso.
"O que eles pedem é que abandonemos 50 anos de nossos costumes e práticas", disse Alan Rosenberg, o presidente do sindicato, em entrevista recente.
O debate vem sendo o mais recente exemplo de como a ordem econômica da mídia tradicional vem sendo perturbada pela crescente popularidade de sites de distribuição de vídeo como o YouTube, e a que ponto os hábitos e o gosto da audiência estão sendo modificados como parte do processo.
De acordo com o grupo de pesquisa de Internet comScore, 134 milhões de norte-americanos assistem a vídeos na web a cada mês, e o YouTube atrai 80 milhões de unique visitors mensais.
A maior parte do material que eles assistem são vídeos produzidos por outros usuários e clipes não autorizados de filmes e programas de TV, alguns deles combinados na forma de "mash-ups", como o popular Brokeback of the Future, um trailer paródico que satiriza os filmes De Volta para o Futuro e Brokeback Mountain, uma história de amor entre caubóis gays.
Os estúdios e as redes de TV aberta há muito têm o direito de usar vídeos para fins promocionais - como nos trailers de cinema e nos comerciais de promoção de TV - sem pagar cachês adicionais aos atores que apareçam neles.
Mas quando empregam esses vídeos para entretenimento - por exemplo, ao exibir trechos de um programa de TV como parte de outro -, os produtores precisam obter o consentimento de todos os atores envolvidos, e negociar a remuneração deles.
Reuters
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