Vereador teme risco de aprovação rápida na Câmara

Ex-aliado do governo municipal, mas atualmente com trincheiras fortemente fincadas na oposição, o vereador Renato Geske(PR) teme o risco de aprovação do novo projeto de plano diretor na Câmara da capital, sem qualquer alteração no texto bancado pelo IPUF e contestado pelas comunidades. “Existe esse risco, porque são necessários apenas nove votos, maioria simples, em duas votações, para que seja aprovado”, assinalou o vereador, explicando a tramitação do projeto dentro do Legislativo. 
Segundo Geske, a única maneira de tentar impedir a tramitação rápida na Câmara após o projeto chegar à casa, provavelmente no final de junho, será através da mobilização da comunidades. “Se não houver mobilização e vigilância permanente, o Executivo vai conseguir aprovar o projeto do jeito que quiser”, prognosticou, admitindo poucas possibilidades de uma resistência na Câmara para obstaculizar o plano defendido pelo governo. 
O vereador entende que a tal ‘reabertura das discussões’ anunciada pela Prefeitura não passaria de uma falácia. “Nos moldes em que foi proposto, esse esquema não tem como funcionar, as comunidades terão muitas dificuldades em se articular”, ponderou. “As comunidades entendem o projeto que fizeram, a partir dos núcleos distritais, não esse que está sendo proposto”, afirmou. Nem a presença de Pinto da Luz na comissão de negociação anima Geske. “Ele é um fiel escudeiro do prefeito”, comentou. 
Do ponto de vista técnico, o vereador entende que o projeto esboçado pelo IPUF abre espaço para o colapso urbano da Ilha de Santa Catarina. Entre outras anomalias, aponta a liberação de prédios de 16 andares no Saco Grande, seis na Madre Benvenuta e três pavimentos nas encostas de morros, sem falar na verticalização agressiva no Campeche. “Esse projeto contém uma série de aberrações urbanísticas; é flagrante que foi feito sob encomenda para grandes empresas”, disparou. (Foto: Divulgação/JC) 



Fonte: www.jornaldocampeche.com.br