18 de nov. de 2010

Jardim Botânico pode ficar mais barato em Florianópolis

Se for mantido, investimento custará menos que os cerca de R$ 20 milhões previstos


Ângela Bastos | angela.bastos@diario.com.br

A proposta é que os três locais demarcados pelo
Jardim, como o Manguezal do Itacorubi,
tenham fácil acesso e estejam interligados,
estimulando a visitação - Julio Cavalheiro

A OSX desistiu do estaleiro em Biguaçu e ainda não confirmou se vai manter a parceria no Jardim Botânicoque havia prometido construir em Florianópolis. Se for mantido, o investimento custará menos que os cerca de R$ 20 milhões previstos de início.

A empresa ainda não falou sobre o caso, mas Murilo Flores, presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), afirma ter recebido de Paulo Monteiro, diretor de sustentabilidade do grupo EBX, o compromisso com a parceira. Os dois se reuniram na sede da Fatma.

— Ficamos satisfeitos em saber que a parceria está mantida. O projeto está praticamente pronto e no final do mês vamos apresentá-lo em um evento ampliado para especialistas no tema e com participação do público interessado — disse o presidente da Fatma.

O novo valor do investimento não foi divulgado. Mas é certo que o projeto exigirá recursos de outras fontes.

— Já temos planilhadas outras fontes de recursos — disse Flores.

A OSX investiu cerca de R$ 600 mil na elaboração e no plano de gestão do projeto do Jardim Botânico. O local, com 70 hectares, será distribuído em três estações: no mangue do Itacorubi, no Rio Papaquara, junto ao Sapiens Parque, em Canasvieiras, e na Cidade das Abelhas, no bairro Saco Grande.

Em agosto foi apresentado o pré-plano do projeto. O encontro contou com técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Fundação de Apoio à Pesquisa Científica de Santa Catarina (Fapesc), Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável. Foi a segunda vez que as entidades se reuniram com a Fatma para discutir o projeto.

Em maio houve outro encontro. Uma das entidades sugeriu que a parte abrangida pelo Sapiens Parque poderá ter uma temática tecnológica e ser aproveitada principalmente no verão, contando com o movimento de turistas no Norte da Ilha para visitas. Para a Cidade das Abelhas foi discutida a possibilidade de um belvedere, para que os visitantes contem com uma bela vista do parque. Além disso, a intenção é que os três locais tenham acesso fácil e contem meios de transporte para interligá-los.

Futuro incerto para o Instituto Naval
A construção do Instituto Tecnológico Naval (ITN) em Florianópolis, com projetos de parcerias tecnológicas entre a OSX, Fundação Certi e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pode ser afetada pela decisão de não instalar o estaleiro em Biguaçu. A proposta depende de uma nova reunião entre a empresa e as instituições envolvidas no projeto.

O local inicialmente escolhido para abrigar o instituto seria o Sapiens Parque, em Canasvieiras, no Norte da Ilha. Agora, endereço e outros detalhes do ITN estão indefinidos. Não há decisão, após a desistência do estaleiro no Estado, se a proposta ficará ou não de pé. O superintendente geral da Fundação Certi, Carlos Alberto Schneider, acredita que a parceria continua, já que a tecnologia oferecida pela UFSC em conjunto com a fundação é considera chave.

— É muito importante a formação de profissionais na construção naval, tanto para novos, quanto para a capacitação dos que já estão no mercado.

Segundo o diretor executivo da fundação, José Eduardo Fiates, dificilmente o projeto do ITN será cancelado. Ele complementa que deve ser modificado o volume de atividades desenvolvidas, o que será definido nas próximas semanas. Se existir, o ITN será o primeiro instituto do gênero no país, oferecendo ensino de nível superior em técnicas de construção avançada nos moldes do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). O investimento previsto no projeto do ITN é de R$ 15 milhões.

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