4 de nov. de 2010

Mão de obra é gargalo para empresa familiar

por Agência Estado


A dificuldade de recrutar mão de obra qualificada é hoje a principal preocupação das empresas familiares em nível mundial, especialmente em países emergentes como o Brasil, que foram menos afetados pela crise internacional.
Os resultados são mais relevantes entre as empresas familiares de países emergentes, em que 54% das companhias apontaram esse como o principal problema no curto prazo. No Brasil, o índice é ainda mais significativo: chega a 63%. Já nos mercados desenvolvidos, a fatia de empresas familiares preocupadas com escassez de mão de obra é menor que o índice global: está em 34%.
Carlos Mendonça, sócio da PwC Brasil e um dos responsáveis pelo estudo global, explica por que a dificuldade de recrutar mão de obra qualificada pelas companhias familiares brasileiras é muito maior em relação a outros países. "As economias desenvolvidas sofreram mais com a crise do que o Brasil. Por isso, hoje há maior disponibilidade de mão de obra lá do que aqui."
Além disso, pelo fato de as companhias familiares aqui serem, em geral, menos estruturadas em planos de carreira para os funcionários em relação às economias desenvolvidas, a dificuldade de recrutar e reter mão de obra qualificada é maior no País comparativamente aos demais.
Mendonça destaca que o segundo maior desafio apontado pelas empresas familiares brasileiras é a reorganização da companhia, com 45% das empresas que responderam essa pesquisa apontando essa como uma dificuldade a ser superada.
Na avaliação do consultor, a reorganização e profissionalização das companhias familiares facilitam o recrutamento e a retenção de talentos. "A profissionalização de empresas familiares acaba sendo a luz no fundo do túnel", diz Mendonça, fazendo referência a planos de carreira e benefícios oferecidos pelas companhias. O executivo observa que, tanto no Brasil como no mundo, quase 50% das empresas familiares não têm um plano de sucessão para as funções mais importantes de nível executivo.

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