6 de fev. de 2012

Instituições financeiras reforçam nesta segunda atenção contra ataques hackers

Ações que causaram problemas de acesso nos sites de principais bancos do país seriam protesto.

A instabilidade nas páginas na internet dos principais bancos na última semana não foi resultado de operações isoladas de hackers. Os ataques fizeram parte da #OpWeeksPayment, algo como “operação semana de pagamento”, reivindicada pelo grupo Anonymous.

O grupo, aliás, anunciou que as ações de sexta-feira, contra Banco Central, Panamericano, BMG, Citibank, Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e operadoras de cartão de crédito Cielo e Redecard, foram os últimos desta leva.

Mas como esta segunda-feira é o dia em que o dinheiro do contracheque vai cair na conta, o dia será de atenção na segurança das instituições financeiras e de cuidado redobrado dos correntistas. Especialistas afirmam que os ataques não deixam vulneráveis as informações dos clientes das instituições financeiras.

Os investimentos dos bancos para proteger as informações financeiras ultrapassam a casa dos bilhões, segundo a Febraban. Por isso, os ataques dificilmente são destinados a roubar informações ou dinheiro diretamente dos bancos.

A tática dos hackativistas — hackers que usam o conhecimento em informática para derrubar sites e fazer protestos, como o grupo Anonymous — tem sido criar um fluxo tão grande de acessos que impede que outros usuários entrem no site.

É como se milhares de pessoas resolvessem ir a uma determinada agência bancária ao mesmo tempo: a maioria não conseguiria atendimento, mas isso não significa que a segurança do cofre estaria ameaçada.

— Não existe absolutamente nenhum risco. O congestionamento da rede não é uma invasão. É uma perturbação que ocorre por causa da elevação no volume de acessos, que impede a realização de transações bancárias — explica o diretor técnico da Febraban, Wilson Gutierrez.

Mas existe um outro tipo de criminoso virtual muito mais perigoso. Sem fazer protestos ou chamar atenção para si, tenta ganhar dinheiro focando no elo mais fraco da segurança do negócio bancário: o cliente.

Mais do que prevenção e detecção de intrusos no sistema, criptografia de dados e monitoramento de fraudes, é o comportamento responsável na internet que garante a proteção contra crimes digitais.

— Todo correntista deve ter cuidado na hora de informar dados da sua conta, porque o assédio dos criminosos da web é muito grande — ressalta Marcelo Pessôa, professor da USP.

Dicas valiosas para não cair em golpes vão desde manter atualizado o software antivírus e nunca responder ou clicar em links de e-mails supostamente enviados pelos bancos.

Fonte: diariocatarinense.clicrbs.com.br
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