16 de abr. de 2010

Tempos difíceis levam espectadores da TV para a web


Na primeira recessão mundial da era da internet, os consumidores preocupados com gastos estão demonstrando que já não têm apetite inesgotável por todos os novos aparelhos ou serviços de mídia. Muitos usuários estão tentando eliminar serviços sobrepostos que ofereçam o mesmo velho entretenimento em um pacote diferente ou para um aparelho diferente.
Com iPods, TVs digitais, gravadores de vídeo, computadores multimídia e conexões de banda larga disponíveis em muitos domicílios, os consumidores que estão estudando suas opções agora encontram uma série de substitutos online efetivos para a TV aberta, via cabo ou via satélite.
Será que 2009 será o ano que começaremos seriamente a perguntar "o que está passando na internet?" em lugar de "o que está passando na televisão"? Um estudo divulgado esta semana pela consultoria Deloitte, sobre os hábitos de consumo de mídia, sugere que isso pode ser verdade.
A pesquisa, concluída em outubro e envolvendo consumidores de entre 14 e 75 anos, constatou que uma maioria dos consumidores já considera que seus PCsoferecem melhor entretenimento do que os televisores.
Os dados são parte de um estudo em cinco países que envolveu quase 9 mil consumidores e encontrou uma mudança nas preferências por entretenimento da TV para a mídia online. No Brasil, os consumidores entrevistados passaram 19,3 horas online para fins pessoais ante 9,8 horas assistindo TV.
Nos Estados Unidos, a chamada "geração do milênio", formada por consumidores de entre 14 e 19 anos criados inteiramente durante a era da internet, afirma que computadores oferecem mais entretenimento do que a TV.
Cerca de metade dos norte-americanos da geração baby boom (os nascidos entre 1946 e 1964) concordam que os computadores oferecem mais. E 42% das pessoas da chamada "geração da leitura", com 62 anos ou mais de idade, consideram que os computadores oferecem tanto entretenimento quanto a TV.
Nos EUA, a geração do milênio passa em média 18,8 horas por semana online, quase duas vezes mais do que o tempo que dedicam a assistir TV.
De fato, assistir à TV na web é um comportamento que vai ser contido até que os consumidores possam escolher quando e em que aparelho querem ver um programa específico.
Autoridades regulatórias podem fazer mais para ajudar a quebrar o empacotamento de mídia em favor de preços à la carte que permitam que os consumidores assistam ao que quiserem ver além de liberarem a programação para a web.
Não se trata de alta definição em uma tela grande, mas de ver ou ouvir o que se quer a um preço difícil de bater.
Reuters
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