22 de out. de 2010

Seminário discute iniciativas tecnológicas para terceiro setor em Florianópolis

Together is Better pode ser acompanhado ao vivo pelo site do evento

Vanessa Campos | vanessa.campos@diario.com.br
Aliar tecnologia à responsabilidade social. Este o objetivo da primeira edição do TiB'10 — Together is Better — Seminário Internacional de Tecnologia para a Mudança Social, realizado em Florianópolis até esta quinta-feira. O evento deve reunir pelo menos 500 pessoas decididas a abraçar a era digital para beneficiar as causas sociais, no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

O objetivo do evento é discutir as possibilidades tecnológicas que o mercado oferece e estimular o uso da internet para promover ações do terceiro setor. Somente pessoas que se inscreveram previamente podem participar pessoalmente do evento. Quem não fez inscrição pode acompanhar o TiB'10 pela site do eventoou pelo Portal da Ilha.

Na programação, o público contará com palestras sobre histórias de sucesso na área e poderá conhecer os projetos da IBM e do Google Brasil. O gerente da área responsável pela aquisição de clientes de médio porte do Google, Michel Sciama, apresentará exemplos de ONGs que tiveram bons resultados com as ferramentas da multinacional.

Empresas podem contribuir

Tanto grandes empresas quanto pequenas podem contribuir para melhorar as comunidades. Esta foi uma das mensagens do fundador e presidente da Fundação Comunitária do Vale do Silício (Sillicon Valley Community Foundation), da Califórnia, EUA, Emmett Carson, que fez a palestra de abertura, na quarta-feira.

— Empresas podem contribuir fazendo doações em dinheiro, ou com o talento intelectual dos seus colaboradores — disse Carson, um dos maiores nomes americanos na área de desenvolvimento social.

A Fundação Comunitária do Vale do Silício administra um fundo de US$ 1,7 bilhão, constituído por mais de 1,5 mil fundos de empresas e famílias. Entre os colaboradores estão o Google, Facebook e eBay.

Em Santa Catarina, a instituição que atua nos mesmos moldes da californiana é o Instituto Comunitário da Grande Florianópolis, presidido por Lúcia Dellagnelo. Ele recebe doações, faz a gestão dos recursos e investe em projetos de desenvolvimento social local.

Transparência pode ajudar ações beneficentes

Quem se disponibiliza a ajudar Organizações Não Governamentais (ONGs) na região da Capital agora conta com uma ferramenta que integra informações sobre o terceiro setor.

O Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom) lança o Portal Transparência durante o TiB'10. Na página, podem ser verificados os indicadores de transparência, com informações que passam pela identificação da equipe de voluntários, a forma de gestão, parceiros, a área de atuação e o mais importante: a origem e aplicação dos recursos.

A coordenadora geral do Icom, Lucia Dellagnelo, conta que a ideia do portal surgiu quando a entidade fez o mapeamento das ONGs da região de Florianópolis e constatou que a maioria tinha pouca visibilidade. O objetivo é disponibilizar dados para pessoas e empresas que queiram investir ou acompanhar o trabalho das entidades.

— As organizações não tinham meio de prestar conta e se comunicar com a população. Então, resolvemos criar o portal. Todas as informações são de responsabilidade de cada ONG. O Icom oferece apenas a plataforma — explica Lucia.

Até o momento, existem 50 ONGs cadastradas no portal. Cada entidade recebe um selo pela participação no projeto.

Bem-estar e atividades para toda comunidade 
Com o intuito de fortalecer o valor da transparência, a ONG Conselho Comunitário Ponte do Imaruim, que existe há 32 anos, em Palhoça, na Grande Florianópolis, é uma das 50 organizações que se tornou integrante do Portal Transparência.

A partir de um projeto do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom), a instituição amadureceu a ideia e apostou no site, que tem a proposta de reunir um raio-X dos trabalhos das ONGs da região.

Com o foco direcionado a fazer o bem da comunidade, a ONG desenvolve projetos que atendem crianças, adultos e idosos. De acordo com a gerente Maristela Aparecida da Silva Truppel, o Conselho trabalha com 11 projetos, que oferecem 36 atividades e serviços à população do município. São oficinas de pintura em tecidos, em tela, teatro, esportes, cursos de idioma, dança e música, além de projetos na área de educação.

Cerca de 123 crianças do município, de três a seis anos, participam do Projeto Educação Infantil, que existe desde 1979. Lá, os pequenos têm atividades pedagógicas e recreativas, das 7h às 19h, de segunda a sexta. Tem ainda o projeto de alfabetização, que beneficia, principalmente, pessoas da terceira idade.

— São pessoas de baixa renda e muitas não sabiam ler, nem escrever. A maioria aprende depois dos 50 anos — conta Maristela.

As mães também estão entre as beneficiárias do trabalho voluntário que envolve 88 pessoas no local. Pelo menos 125 mães se dividem em três clubes e recebem orientações de convivência e de valorização das mulheres na comunidade. Elas desenvolvem atividades manuais variadas, aprendem sobre saúde, direitos da mulher e fazem cursos ministrados por profissionais.

Fonte: Diario.com
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